Ao findar a madrugada insone e fria,
um pequeno feixe de luz se atreve
no horizonte...
E as névoas soltas, que se perdem nos caminhos,
fazem lembrar o esvoaçar de nossas vidas...
Esta lembrança é tão real que, agora,
como se o tempo fosse o meu escravo,
eu volto a todos os lugares (que eram nossos)
no intervalo entre frações de algum segundo.
E na vertigem que este pensamento causa,
sou amparado, novamente,
por teus braços...
E já que o tempo não faz mais sentido,
e tendo, ainda, o teu perfume na memória,
o meu menor momento... é a minha vida
e a minha maior lembrança... é o agora!
Depois,...
percebo uma outra luz (bem mais intensa!),
nascida de um sorriso e de um carinho,
molduras de acalanto ao teu calar sereno,
semente de um poema livre e inacabado.
Retorno, enfim, à brisa fria da manhã
(companheira inseparável da saudade)
e vejo que o teu nome,
feito um Mantra,
escrito com as mãos, na areia fina,
está gravado em mim e não se apaga...
mesmo depois de ser envolto
pelo mar...
Sérgio Ferreira da Silva
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