A madrugada deita-se comigo,
para mudar, de vez, a minha vida:
viro de lado e finjo que não ligo;
mas, ela insiste e beija-me - atrevida...
tento desvencilhar-me - e não consigo ! -
dos seus carinhos - busco uma saída ! -
e quando o sono nega o seu abrigo,
eu vejo, enfim, que a luta foi perdida.
Agora, insone, - o amor é o que me resta !
meu coração, vencido, não contesta
pois quer provar seus beijos - novamente !
Mas, tão intenso - e doce ! - é o seu calor,
que eu, de vencido, passo a vencedor
e durmo, nos seus braços,... - lentamente.
(Sérgio Ferreira da Silva)
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