O título foi adotado como tema do concurso de trovas de Belo Horizonte, em 1997 (ano em que comecei a escrever trovas), por ocasião da comemoração dos 30 anos dos Jogos Florais da Cidade. Duas trovas se apropriaram de minha atenção entre as vencedoras... Dois achados, construídos com a perspicácia de trovadores que transpuseram o horizonte poético: João Freire Filho e José Maria Machado de Araújo (que nos deixou e foi viver além do horizonte da vida...). As duas imagens são detalhes dos livros de trovas editados pela UBT de Niterói, que merecerá, a seu tempo, uma postagem à altura.
Por mais que a vida me afronte,
não me dobra nem detém:
eu sonho além do horizonte
e busco os sonhos... além!
(João Freire Filho)
Ao perigo erguendo a fronte,
os bravos e antigos povos
foram além do horizonte
buscar horizontes novos!
(José Maria Machado de Araújo)
Por mais que a vida me afronte,não me dobra nem detém:
eu sonho além do horizonte
e busco os sonhos... além!
(João Freire Filho)
Ao perigo erguendo a fronte,os bravos e antigos povos
foram além do horizonte
buscar horizontes novos!
(José Maria Machado de Araújo)
Um comentário:
Dois grandes mestres! Duas trovas antológicas!E ainda tem gente que teima em rotular a trova como um gênero menor, sem importância...Quanta gente por aí que gasta papel com longos poemas e não consegue exprimir o que um trovador expressa em quatro versos.
Um grande abraço!
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