quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Drummond, cadê minha chave? Preciso abrir um poema...


(Imagem: folha de s. paulo/divulgação)


Não posso dizer que tenho um poeta predileto, hoje. Mas já disse no passado: Vinícius de Moraes foi o primeiro; o segundo, Gregório de Matos e Guerra; depois, por razões nordestinas e ideológicas, João Cabral de Mello Neto; Drummond... Agora, acredito que o que importa, realmente, é o que há de único em cada um e o que há de comum a todos: a arte literária! Não tenho, por uma graça do tempo, nenhum preferido, mesmo porque aprendi, principalmente com os trovadores brasileiros, a imensa maioria deles desconhecidos do grande público, que escrever não é privilégio de homens consagrados. Há verdadeiras jóias preciosas que nunca serão amplamente divulgadas. Tenho em minha biblioteca pessoal (minúscula) mais de duas centenas de livros de trovas (com resultados de concursos), cada um com, em média, 60/70 trovas, de boa ou excelente qualidade. Outros, de autores únicos, com 100, 200 ou até 1001 trovas (como é o caso do livro do Zaé)... Faço o possível para divulgá-las aqui, mas tudo o que é postado é só uma pequena amostragem, com a qual tento despertar alguma curiosidade daqueles que não conhecem a trova... É pouco. Por isso, recomendo o site do Ouverney, Falando de Trova, um catálogo e tanto, que pode ser acessado pelo link que consta dessa página.
Então... Falei do Drummond e quero terminar a postagem com um trecho do poema "Procura da Poesia"

"...Chega mais perto e contempla as palavras
cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?..."

Use, você, então, a chave que quiser/ou tiver... e abra uma porta,... ou um poema!