sábado, 12 de junho de 2010

Back to the past

Christopher Lloyd na famosa cena do relógio, em Back to The Future
Back to the past!

Quando, por fim, for o fim
e o silêncio gritar por mim,
irei voltar, sem pressa, ao que fui...

Irei, com vagar, feliz e seletivamente,
buscar lugares amenos.

Parnasianamente!

Meus olhos não serão românticos:
manterei uma distância segura,
para que eu não me veja
e não cause um abalo no espaço-tempo-contínuo,
como temia o Doutor Emmett Brown!

Não sou Marty Mcfly!

Meu eu-lírico, agora, escrevendo Back to the past!,
quer apenas resentir...
com um “s” só
mas se ressente, porque o sentimento não volta!

O que volta é vago e descontínuo.
Não há tempo, nem espaço e tudo é diferente.

Voltar é perder tempo: melhor é segurar outra vez a tua mão,
sentir o que houver para sentir, segurando tua mão,
olhando nos teus olhos
e, se pintar um clima,

beijar-te

e elogiar teu novo corte de cabelo!

Parar de pensar no fim...
Apenas um beijo,

agora!

Sérgio Ferreira da Silva

sábado, 5 de junho de 2010

Em homenagem a Gabriel Gonçalves

Em 2003, participei de um concurso de contos promovido pelos SESC Santo Amaro, que versava sobre as relações intergeracionais. Venci em minha categoria (adulto jovem - é, naquela época eu era um "adulto jovem" - hehehe!), uma das seis existentes, que englobavam todas as gerações. Em cada categoria foram 10 contos premiados, ou seja, 60 olhares diferentes sobre algum aspecto da vida. Muito interessante a iniciativa, que teve por patrona a Professora Doutora Nelly Novaes Coelho, das mãos de quem, orgulhosamente, recebi meu troféu. O conto vai abaixo. É só clicar na imagem e ampliar para ler.

É uma homenagem a um professor de português que tive em 1977/1978, na Escola Estadual Padre Aristides Greve, em Santo André. Hoje, o Gabriel é nome de escola, também em Santo André. Foi um professor inesquecível, pela alegria, entusiasmo e lições de vida que ministrava. Um mestre na mais ampla acepção da palavra.

O tema proposto para a minha categoria foi "Só depois de muito tempo fui entender aquele homem", que é um trecho de uma música do Ira!. Juntei minha saudade do Professor Gabriel ao meu gosto musical...

O professor Gabriel do conto é pura ficção! Acho que o verdadeiro gostaria da "redação"!

Sua benção, Gabriel Gonçalves!