sábado, 14 de novembro de 2009

Landmark

Um landmark (grotescamente traduzido como "marca da terra") pode ser entendido como uma regra imutável, um ponto de referência, um conhecido monumento ou construção antiga, delineador de uma filosofia, ou sentimento comum, um prédio famoso em uma cidade qualquer... Enfim, são várias definições que caminham de mãos dadas. O tema de Friburgo em 2008, na categoria em que concorro, foi "Semblante" e uma das trovas que classifiquei foi a seguinte:


O chão batido,... a porteira,...
o teu semblante... e o destino...
são os marcos da fronteira
entre a saudade... e um menino!

Reflita, então, e procure nas suas lembranças quais são os seus "landmarks". O que ficou de todas as suas vivências e contatos interpessoais?O que é marcante hoje?

A última pergunta eu me fiz... e, para o mesmo concurso, mandei uma outra:


Numa foto digital,
teu semblante, em luz e cor,
é saudade virtual,
no microcomputador...


Boas reticências para você!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Como se faz um comercial de rádio...

Já falei da promoção de sabão em pó da qual participei... Porém, faltou postar o audio do comercial que gravei. Digo mais: gravei mais de um minuto de audio e eles cortaram até o resultado final. Como não sei postar audio, fiz um clip... Lá vai:

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Domingo no Parque 12


Eu gosto do número 12, por uma dúzia de motivos... Os meses, as horas, os signos, os cachos de banana, os ovos da caixa, as caixas de leite na caixa maior...e mais 6 etceteras! Depois daquele domingo inicial, escrevi 12 poemas, para 12 esculturas e para os sentimentos despertados por elas. Foi um exercício interessante, porque pude falar melhor de mim, de outros e do jogo de interações estéticas entre a poesia e a escultura. Voltei à Pinacoteca, depois daquele domingo: as esculturas não eram as mesmas, quer dizer, eram as mesmas mas os seus significados, para mim, haviam mudado! Espero que a série "Domingo do Parque" tenha atuado em sua percepção, leitor, como atuou na minha.


(Luisa - Sonia Ebling - 2000 - Bronze - Acervo da Pinacoteca do Estado - foto by Leila Rodrigues)


Passo suspenso


No mesmo instante

o passado

o presente

e o futuro



Sérgio Ferreira da Silva





segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Domingo no Parque 11

(Voo de Pássaro - Liuba Wolf - 1971 - bronze - Acervo da Pinacoteca do Estado - foto by Leila Rodrigues)

Ninho


O poema voa muito acima de mim:

faz círculos

canta

flana

ameaça pousar


e não pousa!


Aos poucos, aproxima-se

(ele é cauteloso).


Em meu sentimento,

enquanto procuro entendê-lo,

me parece leve

livre

e selvagem!


Mas...

ele pousa


em mim


Ele é maciço

e não pode mais voar...


Sólido.

Pássaro.

O poema.

Sérgio Ferreira da Silva


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Domingo no Parque 10


(PIRAMIDAL 34 - Ascânio Maria Martins Monteiro - 1999 - Alumínio anodizado com parafusos de aço inoxidável - Acervo da Pinacoteca do Estado - fotos by Leila Rodrigues, de dois ângulos diferentes)

Poema Múltiplo


Um verso metrificado,

outro livre...

Metade dele rimado

...o resto, não!


Uma das faces encobre...

a outra mostra!

E é o olhar que, então, descobre

a transparência!


Quantas leituras do olhar

para o mesmo objeto?

O afã de multiplicar

o que é único...


Nós todos somos assim:

múltiplos!

Todas as coisas, no fim,

dependem do ponto de vista!


Sérgio Ferreira da Silva