sábado, 25 de agosto de 2007

Célio Robusti


Conheci Célio Robusti em São Caetano do Sul, no final dos anos 90. O tempo e os compromissos profissionais nos afastaram, mas o que é a distância para uma amizade justa e perfeita? Um grande nada! O Célio participou, nos anos 80 de um grupo de poetas chamado LIVRESPAÇO, que produziu boa poesia e foi importante para o cenário literário da época. Esse livro, parceria com Guilherme Castanho (imagens) é um fotopoema, como ele mesmo chama na capa. São fotos de Paranapiacaba, uma vila ferroviária, cujo território pertence a Santo André e de onde, caso não haja neblina (o que é quase impossível!), é possível avistar o Mar. Na divisão interna, há uma foto (na página da esquerda) e um poema (na direita). Gosto de todos, mas destaco esse:
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VIII
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Tenho me perdido no tempo, eu sei
a pele repleta de razões grita murcha,
assim mesmo, ao infinito minha espera.
Quando tu voltares estarei maquiado e rejuvenescido
minha face imberbe pronta pros seus lábios e dedos.
Tenho caminhado pelas pedras de mim mesmo
descanso de quando em quando, quase vencido
quando as flores da primavera tocam meus pêlos
ergo os olhos somente para ver o mar...
Célio Robusti

Luiz Carlos Abritta


Luiz Carlos Abritta tem um imenso currículo profissional e literário: Procurador de Justiça, Professor de Português e Inglês, Diretor de Escola, Conselheiro da OAB/MG, e por aí vai... Um homem verdadeiramente PLURAL. Não lhe bastasse tais atributos, não é que o danado é POETA? E dos bons! Tem vários livros na bagagem: poesia, crítica literária, história, literatura infantil... Mas, vamos ao que mais interessa nesse blog: apresentar a poesia do Abritta!
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SEMPRE SERÁ
Sempre será.
Sempre será azul quando tu vieres.
Sempre será primavera quando buscares o vôo do pássaro no céu.
Sempre será infinito quando me olhares com a ternura mansa das crianças.
Sempre será verde quando buscares o elo perdido entre o homem e a natureza.
Sempre será futuro quando puderes, com mãos de fada,
transformar o mundo (submundo) em manhã de sol ardente.
Luiz Carlos Abritta

Conceição Parreiras Abritta

O livro "Portal das Rosas" tem uma particularidade: foi prefaciado em trovas por diversos trovadores da UBT - Seção Belo Horizonte. "Rosa" é como os trovadores chamam carinhosamente a trova literária. O livro foi lançado em comemoração ao Jubileu de Prata da autora (2003), que ingressou nos quadros associativos em 1978. De lá para cá, Conceição, que é, também, autora de livros infanto-juvenis, nos vem brindando com trovas e carinho, ao lado de seu marido Luiz Carlos Abritta, de quem falarei no próximo "post". Uma trova do livro:
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Soltei o teu nome ao vento...
E o vento, só por maldade,
repete a todo momento
o nome desta saudade.
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Conceição Parreiras Abritta

Cefaléia


"...Nem só de bacalhau vive a Noruega! Edvard Munch é de lá. Em 1893, antes dele pintar 'O Grito', relatei uma terrível enxaqueca que tinha sentido na noite anterior. O resultado foi esse esboço aí em cima! Bem... como sou modesto, pedi a ele que mudasse o quadro, para que ganhasse em expressividade. Ele, então, fez umas alterações no rosto, e o quadro fez um baita sucesso..." (extraído de "Sergílio: auto-biografia de mim mesmo")