quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Cláudio de Cápua

Sobre Cláudio de Cápua, além da empatia instantânea (quem é aquele homem que brinca feito criança com as crianças?), posso exaltar sua sensibilidade e respeito extremos. Carolina Ramos, sua esposa, amiga e musa, disse: "...Seu trabalho em prol da Trova, sincero e despretensioso, merece o respeito daqueles que cultuam o gênero e fazem do Movimento Trovadoresco Nacional uma das mais ativas e populares facções da literatura do nosso país." De seu livro "Canto que eu Canto", destaco:
Tua palma em minha palma,
tua mão em minha mão,
a fundir alma com alma,
coração a coração!

Carolina Ramos





Carolina Ramos em trovas



No amor o tempo se gasta

com medidas desiguais:

se estás longe, ele se arrasta;

se perto, corre demais!



-0-0-0-0-


Há contraste em nossas vidas

mas, perfeito é o desempenho:

luz e sombra, quando unidas,

dão força e vida ao desenho...

Biografia de Luiz Otávio


Livro obrigatório para toda e qualquer pessoa que se disponha a trilhar os caminhos da trova, seja como trovador, seja como leitor.
A autora, Carolina Ramos (chamada com distinção de "Primeira Dama da Trova"), dividiu sua vida com Gilson de Castro (nome registral do grande poeta e criador do Movimento Trovadoresco Brasileiro Contemporâneo), falecido prematuramente em 1977. Radicada em Santos, membro de diversas entidades culturais em sua cidade, dentre elas o Instituto Histórico e Geográfico de Santos e a Academia Santista de Letras. No livro a vida de Luiz Otávio descortina-se como história do próprio movimento trovadoresco, cuja ebulição deu-se no início dos anos 60 e que, graças à força e determinação de seu criador, perenizou-se e avança pelo Século XXI, marcado, agora, pela expansão além-fronteiras dos países de língua portuguesa, conquistando adeptos nos países de língua espanhola (2007 marca os primeiros Jogos Florais de Buenos Aires!), avançando pela Europa, África, América do Sul e do Norte (E.U.A). Sobre as trovas e os trovadores continuarei escrevendo neste espaço... Deixemos, então, que fale Luiz Otávio:
Sou como a cana do engenho...
Quem dera que assim não fosse!
Quanto mais dores eu tenho,
o meu cantar sai mais doce!
-o-o-o-
Desconfio que a saudade
não gosta de ti, meu bem:
quando tu vens, ela vai...
quando tu vais, ela vem!
(Luiz Otávio)