segunda-feira, 2 de março de 2020

Uma trova por vez... (1)



De volta, após alguns anos, às postagens neste blog, vou recomeçar honrando o nome dele - Trovas e Companhia:

A trova  a seguir foi vencedora, como parte de um conjunto de 5 (cinco) trovas, nos Jogos Florais de Nova Friburgo, no ano de 2017. 


O tema foi "Exemplo" e o conjunto obteve o 2º lugar. Já a trova recebeu, isoladamente, o 1º lugar.

A abordagem foi lírica e a trova brinca com a metalinguagem, ao citar a chamada "rima interna", que é a rima que acontece no interior do poema e não no final de um verso. Vamos à trova e, ao final, mais algumas considerações:


Escondida e quase eterna,
tua vida, em minha vida,
é exemplo de rima interna
que passa despercebida!
 
 (Sérgio Ferreira da Silva)

A rima interna, no caso desta trova ocorre com a primeira palavra "vida" inserida no 2º verso, que rima com a palavra "escondida", que abre a trova, e com o final do 2º e 4º versos. Lembrando que rima é a coincidência de sons.

Quanto ao sentido do poema, a "rima interna" refere-se ao sentimento latente do "eu lírico", de um certo platonismo ou, também,  de um sentimento consolidado entre pessoas que, sem demonstrações efusivas de sentimento, compartilham a vida.

É isto!

Para qualquer outra interpretação ou observação, use o campo de comentários.

Até a próxima!

Um comentário:

RENATO ALVES disse...

Grande Sérgio! Excelente comentário! Pode ser recomendado à Elisabeth para ser lido no programa radiofônica da UBT-Nova Friburgo, no quadro "Comentando Trovas". Abraço saudoso!